Este Blog fala de coisas aparentemente banais, mas que são tão importates que ninguém quer lhes dar a devida atenção porque seu ego pode se machucar feio em atitudes que condenam nos outros embora as pratiquem da mesma forma... Sei que alguns vão me odiar e outros vão me mandar procurar o que fazer... mas sei que pele menos uma pessoa estará me "ouvindo"! Seja Bem-Vindo!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tô nem aí, Tô nem aí...


A musiquinha da Luka ez um sucesso arretado há alguns anos. Putzgrila, todo mundo ouvia, repetia, dançava, era uma onda generalizada. Mas se a gente para pra pensar sobre as coisas essa acaba realmente sendo a postura da nossa sociedade escrota... Ninguém tá aí pra nada. As tevês falam de humanização, cidadania, mas na prática, contribuem somente para o aumento do "tô nem aí".
A Sociedade humana está tão estúpida, que hoje tem neguinho sentando nos reservados a idosos, gestantes, deficientes e obesos e na maior cara de pau tacam aquelas porcarias de headfones nos orificios auriculares e recostam-se agradavelmente fechando os olhos. "Tô nem ai se tem gente com direito precisando do asento, quero mais é me fechar no meu mundinho e o resto que se foda!" Cansei de ver isso. Aliás, o tal do MP3 player, ô praga, hein? Pra onde você se vira tem um abestado com aquilo socado no ouvido empurrando decibéis pra dentro dos tímpanos e se achando máximo... É bom lembrar que daqui há alguns anos teremos uma geração de surdos no planeta graças a esses "aparelhinhos maravilhosos"...
Mas voltando aos idosos, outra estupidez é ter assentos reservados aos idosos, gestantes, obesos e deficientes. Estupidez, porque TODOS os assentos em qualquer lugar do mundo já deveriam ser em nossas consciencias reservados para essas pessoas... é mais ou menos como as humilhantes cotas universitárias. Mas como sabemos que o ser humano é estúpido por natureza, é preciso que hajam leis para garantir aos idosos, gestantes, obesos e deficientes o direito a pelo menos quatro assentos em cada estabelecimento ou transportes coletivos.
Mas deixa estar... as crianças de hoje já estão aprendendo a serem tão estúpidas e mal educadas quanto os jovens e adultos de hoje, e logo, logo os "donos do mundo" e seus headfones enterrados nas cavidades auriculares estarão velhos e verão também seus assentos reservados serem ocupados por pessoas com headfones nos ouvidos... e lembrar-se-ão que além de velhos, também estão surdos!
Mas aqueles que estão sentados com os fones lá também não tão nem aí.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Alô? Hã... onde é mesmo o botão que faz isso falar?


Ninguém questiona utilidade dos aparelhos de telefone celular e não serei eu a fazê-lo. É indiscutível o fato de que este genial e revolucionário instrumento da comunicação facilitou a vida de muita gente, inclusive a deste que vos fala, que trabalha como técnico em informática com atendimento a domicílio. Graças a esse genial aparelhinho pude ser contactado por clientes que solicitaram meus serviços e assim tiveram seus PC's resturados e eu tive uns trocados no bolso pro leite das minhas duas princesinhas.
Quem trabalha, principalmente os profissionais liberais e externos de empresas sabem o valor indiscutível do celular em suas vidas.
Contudo, as empresas fabricantes dos aparelhinhos mágicos souberam espertamente abrir um nicho de mercado engana trouxa da melhor espécie; Hoje em dia os aparelhos vem com Bluetooth, câmera de vídeo e fotografia, gravador de som, Infrared (alguns mais antigos), jogos, navegação de internet e uma série de parafernálias que gente realmente séria e ocupada não tem tempo de usar.
Mas as espresas fabricantes não estão nem um pouco preocupadas com profissionais sejam empregados ou autônomos! O alvo delas mesmo é aquele jovem cabeça oca que diz a célebre frase oriunda do mais profundo decreto de auto afirmação de um(a) sem-noção de carteirinha: "Não sei viver sem meu celular!"
Trocando em miúdos o celular foi promovido a feijão, soja, arroz, macarrao, água potável e nosso tão precioso oxigênio! Item de primeira necessidade! Algo tão fundamental quanto tomar dois litros de água por dia!
Dia desses estive na casa de uma pessoa amiga da família e encontrei uma dessas peças não tão raras do cotidiano popular. A criatura em questão tinha uma gaveta cheia de celulares que já havia possuído e confessou com um enorme orgulho (tirado não sei de onde) que trocava de celular a cada três meses porque precisava acompanhar os ultimos ditames da moda eletrônica. Tinha Nokia, Siemens, Samsung, LG... Meu Deus! E a criatura tinha apenas dezesseis anos e vivia pendurada nas sais da mãe, dependendo dela pra comer, dormir... nem ao menos sabia o que era trabalho.
É esse o público alvo dos fabricantes dessas maquininhas-maravilha, gente acerebrada que consome por consumir e pra mostrar aos amigos que "tá na moda". Infelizmente esse povo é a maioria dos jovens de hoje. Há uma minoria que sabe discernir as coisas, mas como eu disse, é minoria. É esse tipo de gente que fura fila, chuta lixeiro, transa sem camisinha, toma antidepressivos com uma facilidade deprimente e vive se alimentando de Mcburgers e fritas.
Essa é apenas uma das facetas da nossa geração-futilidade que infesta as escolas, praças, clubes, dancetereias, shoppings, lan houses e outros estabelecimentos semelhantes. A culpa não é dos celulares, longe disso.
A culpa é dessas pessoas que preenchem os vazios de suas existências com peças de doze centímetros (por favor, sem duplos sentidos, pesosal). Enquanto houver pessoas que acham que suas vidas dependem de celulares, laptops, video games ou outras futilidades similares, a humanidade vai de mal a pior.
E o mais engraçado é que boa parte dessas pessoas nem mesmo precisa de um celular... tirando claro, os criminosos que estão no presídio e adoram um celular! Primeira moda indispensável nas penitenciárias de segurança máxima!
Vida fútil, existência fútil que gera uma sociedade fútil com gente cada vez mais focada em si mesma e seus amores pelas coisas materiais.
Mais ou menos como aquela criatura que ama seu celular e xinga um morador de rua.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A Insuportável Leveza do Ser


Dizem que o livro de Milan Kundera teve o título adaptado no Brasil por uma questão que não entendi muito bem, mas que no original o livro seria traduzido como "A Insuportável Leveza do Ser" e não "A Insustentável Leveza do Ser". Se é verdade ou não, não sei e não tive tempo nem interesse de checar a veracidade do fato. Mas o que me chama a atenção nessa história toda que alguém que não lembro me contou é que realmente Ser ou Viver, se torna quase insuportável. E o pior é que a culpa é das próprias pessoas que preferem complicar que simplificar.
É difícil viver, sim, mas são os seres humanos que tornam essa arte dificultosa. Parando para pensar no nosso dia-a-dia, quantas coisas seria evitadas por um simples respirar fundo?
Quantas vidas seriam poupadas se motoristas esfomeados não sentissem repulsa a ter que requentar sua sopa no microondas? Venhamos e convenhamos, nos primórdios da humanidade não exitiam fornos de microondas e ninguém morreu por ter tomado uma sopa requentada nos velhos fogões de pedra.
Quantas vidas seriam poupadas se idiotas deixassem suas armas em casa para ir ao estádio de futebol?
Quantos relacionamentos familiares seriam poupados se pessoas idiotas não amassem mais os pseudo amigos e um copo de bebida do que a própria família?
Quanto estresse seria evitado se as pessoas realmente respeitassem o direito alheio?
A falta de consciencia coletiva é algo perturbador (para uns poucos infelizmente). Nesta semana estava eu no Joana Bezerra/Boa Viagem - o buzão que leva a galera pro metrô. Imensamente lotado, passou a ignorar as paradas subsequentes ao Pina, provocando xingamentos por parte dos que, como eu, esperaram quarenta minutos pelo dito cujo, e frouxos de riso por parte da maioria dos ocupantes do buzão. Agora eu me pergunto, o que fariam aqueles que estavam rindo se estivessem no lugar dos que esperaram quarenta minutos e perderam o ônibus?
Mas ninguém quer pensar no que os outros estão sentindo e é por isso que a humanidade caminha a passos tão torpes...
Enquanto a TV Globo e o SBT falam de cidadania, aplicam golpes emocionais nas pessoas, levando-as a acharem normal ser humilhadas em cadeia nacional e o pior: as pessoas apoiam esse tipo de atitude alimentando as audiências galopantes que enchem de reais os bolsos de Sílvio Santos e dos herdeiros do império de Roberto Marinho... e o pobre comendo cuscuz com ovo e torcendo pra mais uma eliminação do BBB...
Ô país de gente sem noção...
É complicado viver... É insuportável!